Pronto, é ali. É ali que me apetecia estar agora.
No outro dia recordava a minha visita a Porvoo com a minha mãe, no nosso tão importante ano de 2016 (quando o meu pai se mudou para a Lua). E hoje, não sei como, lembrei-me deste parque em Helsínquia. Quando o descobri foi em 2011, há quase dez anos! Não foi a minha estreia na Finlândia mas quase. Era Verão. Fui passear sozinha, a pé. Caminhei muito se bem me lembro.
Vamos lá tentar reviver esta fotografia então… O objectivo era o de ir ver a escultura do órgão de tubos neste parque, em homenagem ao compositor finlandês Sibelius. Objectivo cumprido. E depois fui caminhando até à margem, onde há um pequeno porto marítimo. Aqui é uma grande baía – uma entrada do mar ali, ou então a terra a invadir a água. Ao fundo via uma casinha de madeira pintada de vermelho, mesmo ao lado da água. É um café que, segundo o google maps se chama Regatta. Tinha um ar tão convidativo, tão fofo, tão singular, feito com amor.
As pessoas sentavam-se na esplanada, aproveitando o lanche ao lado de uma água que não se mexe e que parece transparente, ouvindo os patos a cantar e dançar ali ao lado, espreitando a natureza para ver o que mexe. Conseguia-se ouvir o silêncio. Os carros passam longe dali, o que faz com que nos esqueçamos que estamos numa capital, na cidade. Teria ficado ali umas boas horas, mas lembro-me de ter tido vontade de conhecer o resto do parque.
Quero estar ali agora. Nem que esteja frio hoje, eu levo agasalhos e bebo um chá bem quente agarrado às minhas mãos. Quero ver os ninhos de madeira que ali têm para acolher passarinhos, nem que seja a contar quantos há. Quero sentar-me neste tronco feito banco. Quero caminhar por cima destas pedrinhas e ouvir o som delas. Quero ver a água quieta. E quero olhar o céu, azul, branco ou cinzento, mas tranquilo, sossegado. Assim, como eu estaria…