Comparemos a vida a uma sinfonia. Ou até mesmo a uma ópera. Bem, o que importa é que se meta o intervalo pelo meio.
Intervalo. Quer-lo? Queres o intervalo da cidade, da vida real, das pessoas e do drama? Queres ter ovelhas, pássaros e silêncio dentro de ti? Pássaros dentro de ti sim…
Ah não, não estás a perceber de que intervalo falo. Falo…. Fá-lo! Fá-lo e logo perceberás que… A tua pessoa até que é uma companhia apetecível.
E depois há o lugar. O lugar tem magia, nele consegues voltar aos sonhos, às brincadeiras de criança, ao delírio.
Quilómetros e quilómetros de sossego. Não é a Islândia, não. Essa não permite às árvores crescerem, não lhes dá vida nem cor. Aqui a cor pinta tua alma de outra forma, menos agreste. Todos pintam, todos nos pintam à sua maneira. Uns à Pollock e outros à Dali, Hockney ou Kandinsky.
Deixa, deixa-os pintar-te! Depois volta ao drama da ópera. Vai, vai!