momento de viagem

sensações, emoções e imagens por aí!


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Um dia em Viena

Vivemos coisas que nos baralham as ideias, estavam tão organizadinhas, cada uma na sua gaveta…

Mas hoje escrevo sobre um novo destino, vou provar a mim mesma e a vós que podemos continuar felizes mesmo depois de momentos tristes! Mesmo depois de sabermos que perdemos um dos melhores leitores deste blog…

Viena… E com uma companhia de luxo!

Após dicas dadas por amigos que já lá foram e leitura de um artigo de revista, decido esboçar um plano para o dia. Separo a manhã da tarde e organizo o roteiro tendo em atenção a localização geográfica das coisas.

Começamos pela Ópera de Viena: muitos vendedores de bilhetes nos abordam e tentam aliciar com concertos envoltos de Mozart e Johann Strauss. Decidimos avançar e deixar a visita ao interior da Ópera para outro dia, já que a curiosidade em conhecer mais da cidade nos atrai mais do que os 45 minutos de visita guiada ali.

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Johann Strauss no Stadpark

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Stadpark

Caminhando em direcção ao Stadtpark reparamos no aspecto dos edifícios, antigos mas muito bem tratados. As ruas são limpas e o verde também aqui habita em predominância. O Stadtpark inclui uma bela caminhada por caminhos verdes, rodeados de lagos pequenos e estátuas importantes: há o Johann Strauss dourado tocando violino, há o Brukner, o Franz Schubert, outros tantos ligados a outras artes

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canal do Danúbio

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roda Gigante Viena

Continuando a caminhada chegamos ao Canal do Danúbio. Passando-o, encontramos a casa-museu de Johann Strauss. Fecha entre as 13h e 14h para intervalo de almoço e por isso vamos aproveitar a oportunidade de ir ver a cidade de cima: há um grande parque de diversões ao fundo da estrada, de onde se vislumbra uma roda gigante. É ali que vamos.

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casa-museu J. Strauss

E assim ficamos de alma fantasiada e fome por saciar mesmo ao lado da casa de Johann Strauss! Soda com limão sabe bem de vez em quando… 1º andar subido, entramos na casa museu. Não há muito para ver mas se quisermos ficamos ali horas a ouvir algumas das mais célebres obras que Strauss nos deixou. Talvez me tenha sentido um pouco culpada por sempre dizer que este senhor compôs apenas umas musiquitas de baile. A parte boa é que o seu espírito devia ser super jovem e divertido!

A casa seguinte a ser visitada é uma das várias por onde Wolfang Amadeus Mozart passou. Fica no centro de Viena e é bem mais concorrida que a de Strauss. Os pormenores que se ouvem dos aparelhos auditivos que nos dão são extraordinários. Pena que a paciência não seja muita já a meio da tarde! E tempo para ir à casa de Haydn? Vai fechar às 18h e já são quase 17.30h. Vamos para a zona da casa de Haydn de metro mas desistimos do risco de nos barrarem a entrada. Em vez disso compramos uns chocolates com pistachio e caminhamos um pouco por ali.

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Palácio Schönbrunn

É chegada a hora do céu amarelo torrado e rumamos em direcção à nossa última paragem: o Palácio Schönbrunn! Consta que foi o Palácio de Verão da família imperial austríaca desde o séc. XVIII até à Segunda Guerra Mundial. Aconselho vivamente a ir dar uma caminhada pelos jardins deste palácio no final de uma tarde de verão. Não entrámos no edifício, mas a caminhada pelos jardins compensou muito!

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Palácio Schönbrunn

Finalmente, um jantar vegetariano picante num bar com música bem alternativa, faz o nosso primeiro dia em Viena terminar e o sono espera-nos!

Que venham novos dias na cidade da música clássica (a pop e a pimba, não é Marianinha?)!!

 

 


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Alpes do céu


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Viena

Nunca fui visitar Viena. Eu sei, é triste. Logo eu, a Maricleta que gosta tanto de música clássica, ou erudita. Mozart nasceu na Áustria, em Salzburgo. Beethoven viveu em Viena, Áustria. E muitos mais compositores devem ter por lá passado. Se eu teria sido mais feliz em Viena, no meio deles e de partituras, e de sons, e de notas, e de concertos, e de música simplesmente? Não sei, mas que os austríacos têm um ar tão limpo e arrumado, e civilizado, e cultural… Isso têm, mais do que nós os lusos.
Consegue-se ouvir o silêncio da serenidade quando os passageiros entram no avião, vê-se organização, sente-se a calma deles. Quase que vejo o Beethoven meio louco na sua direcção de uma orquestra em palco. Viena será uma cidade que me trará vários momentos eruditos, com certeza. E o erudito também inclui essa loucura do Beethoven, a pitada de loucura do artista, o abanar a cabeça com a vibração dos sons, o revirar os olhos com emoção, os gestos mais agitados dos braços e o delírio da música.

Beethoven – immortal beloved


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Salzburgo

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Hoje quero recordar um dia de visita a Salzburgo, a minha primeira vez na Áustria, onde Mozart nasceu! A viagem de comboio desde Munique até Salzburgo dura cerca de 2h, e tem uma paisagem FANTÁSTICA: relva, montes verdes, árvores, casas lindas com telhados negros, rios transparentes,… Sinto que se abrisse a janela do comboio por ali, o sabor do oxigénio ia ser diferente, mais fresco e saudável! E é… Salzburgo é qualidade de vida (palavras da minha companheira desta viagem!). Não consigo encontrar muitas palavras para a descrever, sei que fiquei espantada com a limpeza, a arrumação, o aspecto das pessoas, com um estilo saudável e feliz, com arte. A música clássica paira no ar, o equilíbrio e a harmonia também. A serenidade. Eu, que sou uma simples cidadã portuguesa, posso dizer que encontrei um pequeno paraíso ali… Senti a liberdade em todos os sentidos: havia um casal jovem na relva à beira-rio, a namorar sem preconceitos e sem olhares seguidores!

Foi um dia feliz e harmonioso. Recomendo vivamente uma visita a Salzburgo, incluindo obrigatoriamente a caminhada à beira-rio, com a encosta de rocha fazendo sombra, ao mesmo tempo que o sol se esconde. Lindo…..